quinta-feira, 27 de maio de 2010

4a Rodada do Brasileirão - Dia 1

Fluminense 2 x 1 Flamengo

Bem ao estilo Muricy Ramalho, o tricolor dominou a maior parte da partida diante de um Flamengo aguerrido, mas perdido em campo. Bem dispostos no relvado do Maior do Mundo, as triangulações entre Carlinhos, Marquinho e Conca envolveram a frágil defesa rubro-negra. Mesmo sem a melhor forma física, Fred foi importante na criação de jogadas e puxando a marcação do time da Gávea, abrindo espaços para Rodriguinho concluir. Conca foi o nome da partida, ao dar assistência milimétrica para o gol de Rodriguinho no primeiro tempo, e ao acertar um petardo fatal da entrada da grande-área no início da segundo etapa. Os lampejos de perigo do rubro-negro saíam dos pés de Love, bem marcado e pouco acionado. Os minutos finais foram reservados para uma tentativa de reação do Flamengo, que carente de meias-criadores partia desgovernado para o ataque e fornecia espaços para o contra-golpe tricolor, que poderia ter vencido por placar mais elástico. No final, belíssima cobrança de falta de Bruno para amenizar um placar que não retratou o jogo.
O Fluminense começa a engrenar no Brasileirão. O Flamengo tem o desmanche iminente de sua base campeã brasileira e precisa imediatamente de reforços.

Vitória 4 x 3 Atlético-MG

Até aqui o jogo de maior emoção da rodada. Começou em estilo cadenciado, com as equipes se estudando e sem grandes lances. O time da casa, aos poucos, impôs seu ritmo e logo abriu o placar com Schwenck, aos 13. No entanto, o elevado número de passes errados armava contra-ataques para ambos os lados. Aos 35, em contra-golpe puxado por Ricardinho, o meia fez excelente lançamento para Muriqui emendar de primeira. 1 a 1. Aos 41, novo vacilo da defesa do Galo e Schwenck escorou de cabeça para as redes. 2 a 1. Como no início do jogo, os anfitriões voltaram a campo apertando a marcação. Aos 9, um lance capital - a expulsão de Nino. Ricardo Silva mexeu bem, e fortaleceu a marcação baiana. Mas a noite era de Ricardinho, e de falta ele igualou o marcador aos 22. O Atlético, apesar de pressionado, mantinha bem o domínio de jogo, até mais um vacilo de sua zaga. Em recuo despretencioso, Schwenck foi mais esperto que Marcelo e concluiu, marcando seu terceiro na partida. Em vantagem no marcador, mas afobado pelo término da partida, o Vitória errava muitos passes, que culminavam em faltas perigosas. Mais uma vez, Ricardinho "colocou" a bola na cabeça de Tardelli, que empatou novamente aos 36. Querendo a virada, com um a mais em campo, o Atlético partiu para o ataque, deixando espaços atrás. E Evandro, ex-Galo, calibrou a chuteira e bombardeou Marcelo, de fora da área, para definir o marcador aos 42.

Grêmio 3 x 0 Avaí

Com dois tempos distintos, o Grêmio mostrou a força do Olímpico e despachou o Avaí com facilidade. Apesar do susto que Davi deu em Victor, aos 4, o primeiro tempo foi amplamente dominado pelo tricolor gaúcho. Jonas, inspirado, contou com desvio da barreira para inaugurar o marcador, aos 10. Aos 22, após passe de Maylson, Jonas escorou para fazer seu segundo na partida. O Avaí mal saía para o ataque, e o Grêmio poderia ter ampliado a vantagem ainda no primeiro tempo com Hugo e Maylson. Na segunda etapa, o jogo ficou morno. O Grêmio administrava o placar e o Avaí começava a encontrar liberdade para girar a pelota e criar oportunidades, principalmente com Roberto. Sólida, a defesa do Imortal cadenciava o ritmo do jogo. Em contra-ataques, o Grêmio desperdiçava mais chances, principalmente com Maylson. Aos 43, o golpe derradeiro: Fernando rolou para Fábio Rockemback empurrar para o fundo da rede.

São Paulo 1 x 0 Palmeiras

Em jogo truncado, provavelmente o pior da rodada, São Paulo e Palmeiras protagonizaram um jogo típico das divisões de acesso do Brasileirão. Muita vontade, pouca determinação técnica, poucas chances de gol... talvez afetados pela chuva que caía no Morumbi vazio. Com o meio campo congestionado, as equipes abusaram dos "chutões", tentando conexão direta com o ataque. A saída de Cleiton Xavier, aos 33 da etapa inicial, foi determinante para o sucesso tricolor. No início do segundo tempo, Fernandinho (entrara no lugar de Marlos, lesionado) rolou bola açucarada para Fernandão completar para a rede, de carrinho. A partir daí, o São Paulo recuou demais, e o Palmeiras tomou conta da partida. Sem sucesso. O time do Palestra Itália não conseguia furar a retranca tricolor e errava muitos passes, irritando a torcida. Aos 42, Cicinho cometeu pênalti em Ivo. E Rogério Ceni foi definitivamente o nome do jogo, ao evitar o empate. Vitória importante com atuação decepcionante. Ricardo Gomes tem muito o que corrigir.

Cruzeiro 1 x 0 Botafogo

Um jogo bem trabalhado de lado a lado. Basicamente domínio territorial celeste e contra-ataques perigosos do alvinegro carioca. Mesmo desfalcado (Loco Abreu, Herrera e Caio não jogaram), o Botafogo começou assustando com Edno. Mas o Cruzeiro cadenciou o jogo, e na base da velocidade com Jonathan, Thiago Ribeiro recebeu cruzamento e inaugurou o marcador. Pouco depois, Roger quase ampliou. Precisando do resultado, o Botafogo adotou postura mais ofensiva e começou a encurralar o Cruzeiro. E deu resultado aos 43, quando Gil derrubou Somália dentro da área. Fábio fez grande defesa e salvou a Raposa. Na segunda etapa, Joel botou seu time para frente. O Botafogo pressionava o time mineiro, e a torcida vaiava no Mineirão. Com grandes defesas e uma ajuda da arbitragem (impedimento mal marcado quando Edno, sozinho, concluiria), Fábio garantiu o placar.

Santos 3 x 1 Guarani

Em jogo onde era esperado um espetáculo do time da Vila, o que se viu fou um Bugre preparado para defrontar o campeão paulista, e que merecia melhor sorte ao fim dos 90 minutos. Como rotineiramente, o Santos começou envolvendo o adversário, e logo aos 2 minutos inaugurou o marcador com Neymar após jogada de Ganso. No entanto, os meninos da Vila pareciam mais preocupados em enfeitar as jogadas do que definir a partida. E o Bugre começou a dar as cartas. Baiano e Mazola infernizavam a lenta e dispersa zaga santista, e obrigaram Felipe a praticar grandes defesas. Aos 37, o castigo santista. Baiano cobrou falta e Felipe pulou atrasado. 1 a 1. O Segundo tempo contiunuou da mesma forma, e o Bugre teve algumas oportunidades para virar o placar. Aos 41, na primeira boa jogada de linha de fundo do peixe em toda a partida, Marcel fez o segundo. O Bugre sentiu o golpe, e dois minutos depois André fechou o placar. Dorival Jr. terá muito trabalho até o fim de semana.

Grêmio Prudente 2 x 2 Corinthians

Mais um jogo que mostrou a derrocada de qualidade do futebol do Parque São Jorge. O Prudente dominou a maior parte das ações na partida e anulou o ataque alvinegro. O Corinthians, disperso em campo, era presa fácil para o time da casa, que inaugurou o marcador aos 18, com bonito gol de primeira de Wanderley, após cruzamento de Wesley. O jogo ganhou velocidade, e também polêmica. O árbitro Paulo César Oliveira ignorou dois pênaltis em sequência, um para cada lado. A partida seguiu com o Corinthians tentando encaixar contra-golpes. Aos 33, Defederico alçou a bola na área. Chicão, em impedimento, rolou para Willian empatar. O jogo melhorou após o empate, mas o time da casa voltou a frente do marcador em cobrança de falta de Diego, aos 44. A segunda etapa começou com o Prudente em cima, querendo ampliar. O Corinthians, acuado, abusava dos chutões, mas se segurava. Em cobrança de falta, Dênis fez gol-contra e igualou o marcador. O Corinthians passou a ter mais posse de bola. Jorge Henrique mandou um petardo no travessão, e Jucilei quase virou aos 40. Mas era muito pouco para um time que se esperava muito.

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