quinta-feira, 28 de julho de 2011

Olhar do Torcedor: Épico - por Adalberto Vargas


O dia 27/07 ficará para sempre na memória dos rubro-negros. Se o calendário da nação já é repleto de feriados, acaba de ganhar mais um.
Não foi uma conquista de título como em certo 13/12, que por sinal, há 30 anos o Flamengo conquistava o mundo. Também – ou esperaremos muito para saber – não foi nascimento de um ídolo, como se comemora em 03 de março, O Natal do flamenguista. Sendo assim, qual a razão do dia 27 de julho ser tão importante? Vejamos:

12ª rodada do brasileirão 2011. De um lado o badalado e enfim completo Santos, com o trio da Seleção, Neymar, Ganso e Elano. Do outro, o invicto, mas contestado Flamengo, de R10 e Thiago Neves. Todos os ingressos vendidos e mais de 13 mil pessoas se acotovelavam na Vila Belmiro.
A novela da Bruna Surfistinha mal havia acabado e o Santos já abria o placar. Aos 4’ Borges recebeu a bola de Elano entre os marcadores do Fla e com tranqüilidade empurra para o fundo da rede. A primeira pixotada do zagueiro Wellington, ou segunda, se você considerar que antes dos 30seg de partida ele já havia cometido falta em Ganso. Nesse instante lembrei do meu #CartolaFC, já que tinha Júnior César, e 5 pontinhos já eram.
O Fla tentava alguma coisa, mas eficiente mesmo era o Santos, e aos 16’, depois de um passe errado de Renato no meio campo, Ganso encontra Neymar, que depois de não conseguir vencer Felipe, acha uma maneira para tocar para o livre Borges ampliar. Aos 26’, o endiabrado Neymar fez o que quis com a defesa rubro-negra, dando um drible antológico em Angelim e marcando um gol de placa, fazendo a Vila, em júbilo, aplaudir de pé. Pela primeira vez em toda minha história de torcedor do Flamengo rezei para que a goleada não fosse lendária. Pensei que o Mengão fosse levar uma surra nunca antes vista. Fui um infiel, e me envergonho disso.
Com dois gols rápidos, aos 28’ com Ronaldinho e aos 31’ com Thiago Neves, o Doutrinador Máster Terra e Mar voltou para o jogo. Só que Neymar voltou a aprontar das suas, invadiu a área e foi “derrubado” por Willians. Um pênalti duvidoso, mas tava marcado, e Elano assumia a responsabilidade. Queria apagar sua cobrança bizarra na Copa América, mas conseguiu ser ainda pior. Numa tentativa desastrosa de dar uma cavadinha, viu o goleiro Felipe fazer embaixadinhas depois do pênalti defendido. Os santistas, que já esperavam por uma goleada histórica do seu time, se preocuparam, e vaiaram muito seu meio campista.
Aos 43’ o inimaginável: Deivid, que já havia perdido uma chance à lá Wellington (da Luxus), digna do Inacreditável FC, empatou de cabeça após escanteio.
Com o apito final da 1ª etapa o placar mostrava um placar atípico, 3x3.
Veio o segundo tempo, e trouxe com ele o moleque de moicano ainda inspirado, e aos 5’ desempatou, deixando o Santos mais uma vez à frente, e o 1º tempo parecia que iria se repetir. Que saudade me deu do Airton para “dar uma no meio dele”, ou quem sabe do Anselmo? Mario Soto do Cobreloa nunca vai esquecer, mas nesse jogo não tinha espaço para deslealdade.
Por tudo que já havia acontecido, perder aquele jogo por 4x3 seria uma covardia, e o Mengão Invictus “foi pra dentro”. Aos 22’ R10, o ShowMan, mostrou toda sua categoria. Depois de firular na entrada da área foi derrubado. Na cobrança da falta, quando todos esperavam uma bola por cima, colocada, ele surpreendeu com uma batida rasteira e certeira; 4x4, e nessa altura eu já havia acordado toda a vizinhança, que incrivelmente é da arcoirizada mal vestida.
Se passaram 14 minutos. Quando aos 36’ R10, maestral desempatou depois de um contra-ataque. Me senti o próprio Capitão Caverna, e quase me joguei do 3º andar; 5x4. Quem poderia imaginar? E os 12 minutos que esperamos até o apito final pareceram toda uma Copa do Mundo, mas no fim, doutrinamos, heróicos.

Antes dessa partida eu me queixava com Deus por não ter tido a sorte do meu pai, que aos 20 anos viu o Mengão Fuderosão imperar no Japão e no Mundo. Como eu queria ter nascido para ter visto o Flamengo da década de 80. Não vi, mas, salvo as devidas proporções, pude ver um Flamengo e Santos, que mesmo não decidindo um brasileirão como o fizeram em 1983, degladiaram-se em uma partida que sempre será lembrada, não só por rubro-negros ou alvinegros, mas por todos os amantes do futebol.

E eu, só quero agora cantar ao mundo inteiro a alegria de ser rubro-negro. E como deve ser triste não ser Flamengo!

Adalberto Vargas é colaborador da coluna, rubro-negro fanático de Pancas (ES), publicando crônicas "quando dá na telha".

domingo, 17 de julho de 2011

Copa América 2011 - Análise das Quartas de Final


A zebra correu solta em solo argentino neste fim de semana. Dos favoritos, apenas lembranças. Todos rumam às suas casas, provavelmente se perguntando sobre o ocorrido. Justiça? Mas o que á a justiça em um jogo onde o que vale é a bola na rede? Provavelmente os amantes do pragmatismo defensivo estão radiantes de euforia. Os tempos definitivamente mudaram. Mas será que é por aí mesmo?

Competições no formato “copa” não permitem erros na fase de definição, no mata-mata. É um estilo completamente diferente dos pontos corridos, onde a equipe tem tempo para tentar a recuperação. E por isso é mais emocionante, mais quente. O dia de um jogador pode ditar (e muitas vezes o faz) o destino de uma equipe. Rivalidade, tensão, apreensão, euforia, tristeza... tudo vai à tona de forma mais intensa, mais explosiva. E o sul-americano é o retrato maior deste estilo, é a preferência do continente. Competições européias são muito mais vistosas no fator qualitativo, mas a paixão do sul-americano pelo futebol é inegável e insuperável.

Voltando à Copa América. Vejam... à exceção do clássico do Rio da Prata, onde apontar um favorito era demasiadamente ufanista, Colômbia, Brasil e Chile eram amplos favoritos, tinham um time mais qualificado. Tinham? Pensemos... Percebam que não é uma questão de depreciação ao futebol alheio, afinal de contas não existem mais “sacos de pancada” como antigamente. Cada vez mais internacional, o mercado do futebol abriu fronteiras e culturas, e muitas escolas clássicas não são mais unânimes ou exclusivas. Todas as Seleções contam com bons jogadores, que atuam em grandes clubes da Europa e da América do Sul, com experiência em momentos de decisão e capacidade de definição. A universalização do esporte minimizou diferenças e quebrou barreiras.

Primeiro o caso colombiano. No papel e em condições normais, tem uma equipe mais qualificada que a peruana. No jogo, ditou o ritmo. Embora o Peru seja montado com um bom sistema defensivo, com toda a classe de Vargas pelo meio e a velocidade do sempre perigoso Guerrero, la Tricolor chegava em velocidade quando queria, principalmente com Moreno, Guarín e Gutierrez, levando perigo. Duas bolas na trave e um pênalti perdido em tarde completamente infeliz de Falcao García. De tanto correr e tentar sem sorte na finalização, a Colômbia cansou. Foi a receita para o Peru, que contando com duas falhas grotescas do goleiro Martínez matou o jogo na prorrogação, na base do contra-ataque. Ganhou na inteligência e no respeito às ordens táticas do surpreendente Sergio Markarián. E contando com a sorte, por que não?!



No grande clássico da rodada, alguns pontos a destacar. Primeiro e mais claro – a zaga argentina é péssima, e a equipe paga por isso. Não ganhou sequer uma jogada aérea dos uruguaios, que usaram e abusaram deste esquema; Segundo – depende demais de Lionel Messi, o que não chega a ser um absurdo (afinal, é o melhor do mundo com sobras), mas é um fator que precisa ser minimizado com urgência; Terceiro – não saber aproveitar um jogador a mais em campo por mais de 45 minutos é um pecado que pode ser fatal (como foi). A Argentina foi melhor que o Uruguai no jogo, inegavelmente. E, por incrível que pareça, a expulsão de Pérez determinou uma mudança tática na equipe celeste que foi determinante para segurar o resultado – Forlán recuado, armando como um meia avançado, com investidas rápidas de Suárez. A velha garra charrúa foi notável e brilhante. O Uruguai inchou em campo, e a Argentina apequinou. A alviceleste tinha o domínio da pelota, mas não era capaz de transpor a barreira Muslera em noite de consagração. Os contra-ataques uruguaios eram devastadores, o que não deixavam Sergio Batista à vontade para jogar sua equipe ao ataque. As modificações pontuais de Oscar Tabárez, no entanto, eram precisas e funcionais. No fim das contas, Muslera definiu a classificação uruguaia no desempate por penais, no melhor jogo da competição até então.



Na reedição do duelo da primeira fase, mudança de papéis. Se a equipe guarani buscou a vitória mais intensamente e com maior qualidade no primeiro jogo, o Brasil mandou no segundo. Prova é o número de finalizações paraguaias – 3 em 120 minutos de partida. O massacre brasileiro se deve, em muito, pelo recuo de Robinho para a meia avançada, papel que o mesmo desempenhava no Santos de 2002. Seguro e objetivo, foi disparado o melhor da equipe canarinho hoje, com passes precisos, dribles certeiros e um grande número de assistências. Ganso, bem marcado, começou a aparecer no decorrer do jogo, com o cansaço dos marcadores paraguaios. Neymar, embora continue preciosista, jogou mais para o time. Pato buscava espaços na área, e furtivamente os encontrava. No melhor jogo da Seleção nesta Copa América, a bola não entrou. Enquanto Gerardo Martino mexia no time para evitar expulsões eminentes, Mano Menezes mexia mal. Inspirado e com sorte, Justo Villar foi o nome da partida, salvando a meta paraguaia em pelo menos três oportunidades claras. Quanto aos pênaltis perdidos... melhor não comentar.



Fechando a rodada, um jogo histórico. O melhor time da primeira fase contra a maior zebra da competição. Dá gosto ver este brioso time venezuelano jogar. Um time bem treinado, bem postado, que conhece suas (grandes) limitações e suas qualidades, e que sabe fazer uso destas como ninguém nesta competição. Logo no início, na bola parada, abriu o placar e soube conduzir o jogo. A seleção chilena sentiu o golpe e não conseguiu ditar o ritmo do primeiro tempo, como esperado. A entrada de Valdivia na segunda metade foi fundamental para o domínio da equipe de Claudio Borghi, que dominou o campo de forma completa e irrestrita. A pressão foi enorme, com dois petardos na trave, boas jogadas e obrigando o experiente Vega a trabalhar. O gol foi conseqüência. Mas afoita em busca da virada, a equipe rubro-azul cedeu o contra-ataque à consciente (e sortuda) seleção vinho tinto, que reequilibrou a partida e passou à frente no marcador novamente na bola parada, com Cichero (em falha de Claudio Bravo), que ainda evitou dois gols chilenos encima da linha. O baque do feito venezuelano, aliado a um erro de arbitragem ao invalidar gol legal de Sanchez aos 43’, decretaram a derrocada chilena e, conseqüentemente, a primeira vez da Venezuela em semifinais de Copa América.



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Copa América 2011 - Palpites rápidos para as quartas!




Neste momento, é impossível chutar um franco favorito. A tendência é termos mais um Argentina x Brasil na grande final, mas Colômbia e Paraguai e Chile (a equipe mais interessante desta Copa América) podem aprontar. Apesar da tradição, não creio que o Uruguai elimine a Argentina amanhã.

No primeiro confronto, entre duas equipes classicamente armadas para jogar no contra-ataque, Falcão García e cia são favoritos diante de uma boa seleção do Peru, que vai dar muito trabalho. Se entrar com seu trio ofensivo (Yotún, Vargas e Guerrero) em dia e inspirado, a seleção peruana pode surpreender nos contra-ataques rápidos e jogadas de bola parada. Mas a estrela de Falcão García tem brilhado na Copa América, e a formação colombiana em um falso 4-5-1 engana, virando um 4-3-3 em momentos de ataque puxados principalmente por Sánchez e Moreno, e vai funcionando com perfeição. Se inaugurar o marcador ainda no primeiro tempo, a Colômbia dificilmente perde a vaga nas semis.

Na Copa do Mundo, ficou provado que o Uruguai joga melhor quando Forlán é recuado, com Cavani e Suárez no ataque. Não me perguntem por que Oscar Tabárez abandonou essa formação desde então. Fato é que, com a formação atual, a Argentina vencerá o jogo. Se o Uruguai quiser complicar, deve agredir, partir para o ataque de forma consciente, explorando os inúmeros pontos fracos da defesa Argentina. Forlán não agüenta dar muitos piques durante o jogo, mas sua visão de espaço e deslocamento são fenomenais, e seus passes podem ser decisivos em uma surpresa uruguaia. Isso porque Sergio Batista encontrou sua formação “ideal” no último confronto, com Messi livre pela meia de ataque municiando Kun Agüero e Higuaín (ou Carlitos Tevez), e com certeza irá repetí-la diante da celeste. Mas como demorou para perceberem que o Messi ideal na seleção é o armador, e não o finalizador... a Argentina tem o melhor plantel do mundo quando o assunto e formação de ataque, faltava apenas fazer com que a bola chegasse até ele de forma eficiente e constante.

Brasil e Paraguai irão travar o duelo mais acirrado desta fase. No primeiro confronto, a seleção guarani não levou os três pontos por mera falta de zelo nos minutos finais, quando Fred empatou. Lucas Barrios e Roque Santa Cruz formam uma dupla de ataque interessante, mesmo com características semelhantes. Vera marca bem, e as subidas de Ortigoza, Riveros e Estigarribia infernizaram a defesa brasileira nas costas de Daniel Alves. Novamente a marcação será adiantada, e o esquema tático será idêntico. No entanto, a entrada de Maicon no lugar de Daniel Alves por si só dá mais serenidade à armação de jogadas pelo setor direito. Neymar e Ganso continuam devendo bastante. Coincidência ou não, Robinho cortou o cabelo e voltou a apresentar um bom futebol, e Alexandre Pato está voando. Com a formação-base que venceu o Equador, mesmo com os vacilos defensivos (a carga não pode ser total nas costas de Júlio César em uma defesa que não se encontra há mais de um ano), creio que o Brasil passará de fase.

Fechando as quartas, Chile e Venezuela se enfrentam em estilos que encaixam. O Chile de Cláudio Borghi é altamente ofensivo, busca o domínio de bola, agride o adversário com constância, principalmente nas investidas de Suazo e Sánchez, com Beausejour e Isla fazendo boas jogadas de linha de fundo e Jiménez organizando a distribuição, num 3-4-1-2 bem organizado. Trata-se de uma equipe que cria muito, e a única que merecia 100% de aproveitamento na primeira fase da competição. Daí seu amplo favoritismo no duelo. De forma interessante, a seleção vinotinto joga melhor quando Fedor e Maldonado saem do banco, dando maior mobilidade ao setor de ataque nos contra-ataques rápidos, com Arsimendi e Rincón organizando as jogadas laterais, que sempre caem pelo meio. A diferença está em Fedor, que está acertando tudo de fora da área na competição, e já guardou dois golaços assim. Pode surpreender o Chile nos contra-ataques justamente desta forma. De certo é que será um excelente jogo e, como já vimos, tudo pode acontecer com esta nova Venezuela.

E então, quem passa de fase? Quem leva o caneco?

Será que a zebra vai passear na Argentina neste fim de semana?

Vale tudo pela taça!

Copa América 2011 - Fase de Grupos


A Copa América começou em território argentino. Muita rivalidade e tradição em jogo na segunda competição continental de seleções do mundo. E muito a melhorar também, começando pela qualidade dos estádios de nossos vizinhos (que, diga-se de passagem, não está tão aquém assim dos nossos).

Pelo Grupo A, uma bela surpresa – a seleção da Colômbia. Desde a temida geração de 1990-1994, que contava com Rincón, Valderrama, Asprilla, Higuita e cia e não levou um título de expressão por má gerência na política nacional e na Federação (coisa que só veio com a Copa América de 2001, na própria Colômbia), la Tricolor não apresentava um futebol tão interessante. Não chega a ser brilhante como em 1993 (visando a goleada histórica de 5 a 0 na Argentina em pleno Monumental de Nuñez, a maior da história da alviceleste), mas está em processo de evolução e conta com material humano para tal. A Argentina demorou para estrear de fato, o que aconteceu contra a Costa Rica sub-23, em belíssima atuação de Lionel Messi e Sergio Agüero. A Bolívia, mesmo com o surpreendente empate na estréia contra os anfitriões, foi decepcionante. E da Costa Rica sub-23 não se esperava muito, mesmo surpreendendo a fraca Bolívia em 2 x 0. A pergunta que fica é: e se a convidada fosse a equipe principal da Espanha, que se ofereceu prontamente frente ao problema do Japão?!

No Grupo B, o futebol venezuelano ganha destaque. Mesmo sem contar com nenhum jogador do atual campeão nacional (Deportivo Táchira), Fedor e cia demonstram que não existem mais seleções “inocentes” no futebol, e conquistaram um surpreendente segundo lugar, atrás do Brasil apenas no saldo de gols. Brasil e Paraguai, os favoritos do grupo, demoraram em engrenar na Copa América. Mesmo com a vitória de 4 x 2 sobre o Equador, o futebol brasileiro está em débito e não convence. Apesar do terceiro lugar e classificação dramática para a segunda fase, Lucas Barrios e cia apresentaram o melhor futebol como equipe deste grupo, e não asseguraram o primeiro lugar por displicência da equipe nos minutos finais das partidas contra Brasil e Venezuela, perdendo pontos valiosos. A seleção equatoriana, por sua vez, está em decadência desde as Eliminatórias da Copa em 2009 e começa o processo de renovação da equipe principal.

No Grupo C, os “embalos de sábado à noite” desestruturaram a base da seleção mexicana, que contou com sua equipe sub-23 no torneio, devolvendo oito atletas à América do Norte antes mesmo da estréia no torneio. Com fatores extra-campo deste nível sobre uma equipe de base, não é de admirar a pior campanha da seleção mexicana na história do torneio. Os demais asseguraram classificação relativamente tranqüila. Ao contrário do que se imaginava, o Uruguai não é sombra da equipe que sobressaiu na Copa da África no ano passado, e passou por apuros até mesmo no jogo contra o México. O melhor desempenho do grupo ficou com os chilenos, que apresentaram o mesmo futebol ofensivo da Copa passada, mas com algumas mudanças pontuais na defesa, sempre problemática na era Bielsa. A equipe peruana apresentou uma evolução significativa em relação às Eliminatórias de 2009, mas depende demais de Guerrero.

As quartas de final estão definidas:

Colômbia x Peru – Sábado, 16:00 h (Córdoba)

Argentina x Uruguai – Sábado, 19:15 h (Santa Fé)

Brasil x Paraguai – Domingo, 16:00 h (Ciudad de La Plata)

Chile x Venezuela – Domingo, 19:15 h (San Juan)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um novo calendário para o futebol

Acabaram os Estaduais no país do futebol. Mas hoje o post não retratará a alegria dos campeões ou a melancolia dos vices.

Vivemos em uma sociedade onde o tempo se esvai. Isso se aplica ao futebol, especialmente ao brasileiro. Os Estaduais, campeonatos de grande tradição e rivalidade, são hoje tachados apenas como estorvos de calendário, competições que muitas vezes atrapalham o rendimento de determinadas equipes no ano. Se formos analisar friamente, a acusação tem fundamento. Somos o único país do mundo a organizar campeonatos neste modelo, nosso calendário está inchado e não seguimos a padronização européia e, recentemente, sul-americana! Então vem a pergunta... dá pra continuar?

A questão não é tão simples como parece. Não podemos esquecer que a CBF está sob gerência da CONMEBOL, e seu calendário deve comportar as competições sul-americanas de clubes. Isto interfere especialmente na Copa do Brasil, onde os clubes participantes da Libertadores, a princípio os melhores do país, são vetados... por falta de espaço no calendário! As duas competições são simultâneas. Culpa da CBF? Não...

Por que a CONMEBOL, tal como a UEFA, não alinha as Copas Libertadores e Sul-Americana? Hoje, a segunda competição do continente é completamente desvalorizada, e sua serventia assegura apenas a vaga do campeão na Libertadores do ano seguinte. Nenhum clube se importa de fato com a Recopa continental. O alinhamento das competições permite a mudança das regras da Sul-Americana, onde os eliminados com melhor rendimento da Libertadores seriam aproveitados, de forma semelhante à Liga Europa. Marketing, estrutura, tradição... a CONMEBOL tem tudo para elevar suas competições a um patamar maior, e não o faz. Qual o papel do Dr. Nicolas Leoz afinal? É impossível que nenhuma das grandes cabeças da confederação tenha pensado nisso. Falta de boa vontade? Por que?

Voltando ao futebol nacional... nós ficamos emperrados por conta da própria CONMEBOL. Como melhorar o calendário interno seguindo o padrão antiquado da Confederação Sul-Americana? O simples alinhamento da Libertadores com a Sul-Americana resolveria o problema do apertado calendário de futebol no país. Principalmente na Copa do Brasil, que ficaria ainda mais acirrada caso tivéssemos o segundo semestre inteiro para dividí-la com o nacional, tal como ocorre na Inglaterra, Espanha, Itália, França, Holanda, Alemanha, dentre outros. Um semestre dedicado às Copas continentais, outro dedicado aos campeonatos nacionais. Uma alteração de credibilidade e qualidade.


A proposta é simples, como vocês podem ver no quadro acima. Os Estaduais com início mantido para o meio de Janeiro e fim em maio, como atualmente; e as competições Sul-Americanas começando entre Janeiro e Fevereiro, com finais no início de Julho (calendário atual da Libertadores). Como Libertadores e Sul-Americana já foram disputadas no primeiro semestre, o segundo tem espaço para acolher a Copa do Brasil, com a participação de TODOS os grandes times do país. O calendário do Campeonato Brasileiro segue inalterado. Essas mudanças possibilitam ainda a criação de uma nova competição, tradicional em países europeus - a super-copa nacional, disputada entre os campeões do campeonato nacional e da copa nacional do ano anterior. A Recopa Sul-Americana, por motivos óbvios, passaria a ser disputada no fim do ano, antes do início do Mundial de Clubes da FIFA de Dezembro.

Percebam... o calendário básico não mudou, foi apenas reorganizado. Este formato valoriza TODAS as competições disputadas, sem sobrecargas (isso contando, claro, com a quantidade de jogos que os clubes brasileiros diputam por temporada atualmente). No entanto, para uma melhor preparação dos clubes, contando com pré-temporada e calendário folgado, os Estaduais devem ser banidos, e o Campeonato Brasileiro ter duração de 10 meses, e não de apenas 7 como é hoje.

Chegamos a uma nova e importante questão... afinal, quanto vale um Estadual?
Acabar ou melhorar? Eis a questão...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Semana Agitada

A semana começou agitada nas principais competições continentais do mundo. Jogos de volta pelas semifinais da Champions League e Oitavas-de-final da Libertadores.

Na terça, o jogo mais esperado da semana, com o resultado final aguardado por todos. Classificação sem sustos do Barcelona para a grande final. Em jogo onde o Real precisava fazer grande resultado em pleno Camp Nou, entrou respeitando demais o adversário (apenas o melhor time do mundo há três anos), embora marcando em cima com eficiência. Cristiano Ronaldo apagado e Higuaín fora de forma deram a tonalidade do esforço madridista, com um Kaká apenas esforçado e Xabi Alonso destemperado. O Barcelona de certa forma aceitava a pressão merengue, embora – como sempre – tivesse o domínio da pelota. Na segunda etapa, um gol mal anulado de Higuaín esquentou o jogo. Poderia mudar a história da partida? Não sei. Sinceramente acho que não. O Barcelona é muito mais time, tem os três melhores jogadores do mundo em perfeita sintonia, e resolveu a parada no lance seguinte, com gol de Pedro. Aguerrido, Marcelo decretou o empate e tentou puxar o time. Tentou. Adebayor não entrou bem e merecia o vermelho por entradas ríspidas seguidas; e Özil entrou tarde. Noite de festa em Barcelona. Não pelo desempenho da equipe, ou tão somente pela vaga. A volta de Abidal após retirada de tumor no fígado foi muito festejada, apenas um mês após o procedimento cirúrgico. E da melhor forma.

Pela Libertadores, a noite, o Santos carimbou sua passagem para as quartas no melhor estilo Muricy Ramalho. Retrancado, jogou pelo regulamento, contou com a sorte e competência do goleiro Rafael – o nome da partida, garantiu o 0 no marcador nos 2.750 m da Cidade do México e saiu feliz da vida. Terá agora o recesso da Libertadores para se dedicar às finais do paulistão. E o América, que não escalou força máxima em nenhum dos confrontos contra o alvinegro praiano, o fará contra o Puebla, pela fase final do Mexicano, à qual volta integralmente suas atenções.

A quarta decidiria o rival do Barca na final da Champions. Se a vantagem era dos red devils, o dia definitivamente não era dos mineiros. O time de Gelsenkirchen sofreu em Old Trafford. Mesmo com time misto, o Manchester United passeou, com dois gols de Anderson e mais dois anotados por jogadores reservas (Valencia e Gibson), e matou a partida ainda no primeiro tempo, com direito a frangaço de Neuer. Mesmo descontando, o Schalke precisava de mais 3 gols no segundo tempo. E quando o time se lançou definitivamente ao ataque, Anderson tratou de jogar a pá de cal na cova azul. Agora, a ordem é foco total para o jogo do campeonato no domingo, contra o Chelsea, que poderá definir o título da Premier League ou até mesmo colocar o Arsenal novamente na briga.

A noite seria ainda mais emocionante. E mais desastrosa para os brasileiros. Quatro equipes jogavam suas vidas na Libertadores, e pela primeira vez na história da competição quatro equipes de um país são eliminadas nas oitavas... e no mesmo dia! Seria uma nova data para o calendário do futebol brasileiro? A noite do improvável começou no Beira-Rio. Com um Internacional completamente superior em campo, que abriu o placar logo no início do jogo e o controlava ao seu bel-prazer, o Peñarol construiu em seis minutos – os primeiros do segundo tempo – o drama colorado, retrancou, contou muito com a sorte e eliminou o atual campeão da competição. Gremistas pulavam de alegria, mas ainda era cedo. A equipe de Renato Gaúcho foi amplamente dominada pelo Universidad Católica, perdeu por 1 a 0, e também está fora da competição – placar esperado depois da derrota em pleno Olímpico na semana passada.

Mas não parava por aí. As duas equipes de melhor desempenho na primeira partida das oitavas ainda entrariam em campo. O Fluminense – o Time de Guerreiros – construiu bela vantagem no Engenhão e jogou no Defensores Del Chaco como se não o precisasse fazer. O Libertad, que não tem nada a ver com isso, provou duas coisas. Realmente não tem um time tão forte como sua condição de segunda melhor campanha da Libertadores o titula; e que o futebol, principalmente o sul-americano, não apresenta mais o abismo que separava equipes argentinas e brasileiras das demais. O alvinegro de Assunção jogou solto, com a bola no chão, e mereceu o placar largo de 3 a 0 sobre os campeões brasileiros. O Fluminense que se apresentou no Paraguai foi o mesmo do segundo tempo no Engenhão, que contou com sorte e individualidade para abrir a vantagem no duelo. E que com a mesma facilidade a deixou ruir. Parece-me que o Time de Guerreiros gosta mesmo de contrariar a matemática. Seja para o bem, seja para o mal.

Mas, definitivamente, a maior decepção foi celeste. Depois de vencer e convencer ao atuar na Colômbia e ganhar por 2 a 1, o Cruzeiro sucumbiu ante ao Once Caldas em Sete Lagoas. Roger perdeu a cabeça ao ser expulso em jogo de mata-mata, com a magnitude de uma Libertadores, e prejudicou muito o time. Que diga-se de passagem não foi sombra do Cruzeiro da primeira fase. Caiu na mesma armadilha que o Fluminense, ao achar que o confronto já estava decidido. E o treinador ficou de Cuca quente ao agredir descaradamente Rentería e ser expulso sumariamente. Fim melancólico do, sem dúvida, melhor time da competição e principal candidato ao título.

Halloween antecipado? Creio que não. Mas a bruxa estava solta Brasil afora nesta quarta!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Champions League - Oitavas de Final

A fase mata-mata do maior torneio de Clubes do planeta começou. E não podia ser melhor. Jogos eletrizantes, placares inesperados, grandes ingredientes para os fãs do esporte.

Na terça, as atenções estavam voltadas para o San Siro. Em Milão, o líder do Italiano Milan recebera os jogadores-sensação do Tottenham. Jogo duro, mas bem jogado. Os rossoneri tinham o exemplo de seu arquirrival de como não se deve jogar contra os ingleses, e pareciam dispostos a tal. No entanto, bem armado, o Tottenham não deixava o Milan tomar conta do jogo, e sempre usava sua arma mais letal - a velocidade de contra-ataque, obrigando Abbiati a trabalhar. Em uma dividida, pior para o goleiro, que foi substituído por Amelia. Com Van der Vaart, Lennon e Modric em campo, mesmo sem Bale, o Tottenham anulava as subidas do Milan. A entrada de Pato no segundo tempo mudou completamente o panorama do jogo, e o Milan passou a comparecer ao ataque com perigo, tomando as ações do jogo. E Gomes mostrou o porquê da adoração da torcida do Hotspur por ele, com uma atuação de gala. Na pressão, O Milan desguarnecia sua zaga em busca do gol. E em mais um contra-ataque da equipe londrina, Lennon arrancou do campo de defesa e rolou na pequena área para Crouch definir o marcador da partida, aos 35. No fim da partida, mais confusão, e Gattuso suspenso para a partida de volta.




Na quarta, o jogo mais esperado desta fase - os Gunners recebiam o "melhor time do mundo". E não há quem não fique preocupado em enfrentar o Barcelona. O que se viu no primeiro tempo foi um completo baile de gala dos visitantes, com toques rápidos, curtos, de classe, com completo controle das ações de jogo, principalmente no setor do meio-campo. O Barcelona joga bonito, mas peca no enfeite. Abriu naturalmente o placar com David Villa no meado do primeiro tempo, e poderia facilmente ter liquidado a fatura, não fosse a falta de capricho de Messi. O argentino jogou demais, mas perdeu frente-a-frente com Scezny. Acuado, Arsène Wenger mexeu com os brios do time, que voltou igualando as ações no começo da segunda etapa. Nasri aparecia mais solto, e Van Persie caindo pelas laterais mudaram a postura de ataque dos donos da casa. Mas ainda não era o bastante. Agora no contra-ataque, o Barcelona assustava, e Messi mais uma vez perdeu, de forma incrível, na cara de Scezny, a chance de matar a partida. Sabendo que um revés desta magnitude seria fatal para as pretensões do Arsenal na Liga, Wenger alterou o esquema, mandando o time para o ataque, com a entrada do contestado Arshavin e Bendtner no lugar de Song e Walcott. Enquanto isso, Guardiola tirava Villa de campo para reforçar o meio com Keita. Com mais gente na frente e na base da velocidade, o Arsenal chegou ao empate em grande jogada de Van Persie. O Barcelona continuou atacando, e em contra-golpe puxado por Fábregas, Nasri rolou para Arshavin livre virar a partida cinco minutos após. O Emirates veio abaixo, o Barcelona sentiu o golpe, e o Arsenal ainda desperdiçou chance de ampliar. Nada que estrague a festa londrina. Será o início da redenção do russo com a torcida?



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Jogos que vi: Fluminense 2 x 3 Botafogo

O fim-de-semana foi repleto de clássicos. Fim de tabu no Arruda com vitória do Santa por 2 a 0 sobre o Sport, Vitória com acachapantes 3 x 0 sobre o Bahia, ressurreição alvinegra no 1 x 0 corinthiano sobre o Palmeiras, empate entre Avaí e Figueirense no Orlando Scarpelli... mas nenhum destes chamou tanto a atenção quanto o Super-Clássico Vovô disputado no Engenhão.

Nenhum dos 16.759 presentes há de reclamar do dinheiro investido no espetáculo. Sem rodeios, um jogão. De um lado Fred, Conca, Souza e a reestréia do He-Man Rafael Moura. Do outro, o (cada vez mais) sensacional Jefferson, Renato Cajá, Antônio Carlos e El Loco Abreu. E, infelizmente, com uma antiga atração à parte - a arbitragem. Noite completamente infeliz do Sr. Gutemberg de Paula Fonseca, que perdeu o controle da partida ainda no primeiro tempo, após expulsões completamente equivocadas de Valência (não existiu falta sobre Herrera) e de Marcelo Mattos (a falta sobre Conca era para cartão amarelo apenas) nos acrécimos da primeira etapa. Para completar a polêmica, duas penalidades marcadas em sequência em favor do alvinegro - a segunda enxergada única e exclusivamente pelo árbitro. Ao todo, 11 cartões amarelos, 2 vermelhos, e revolta das duas equipes. Fora isso, o que se viu foi um Botafogo muito mais empenhado em busca da vitória que a equipe tricolor. Com Fred apagado, Conca ainda em busca de ritmo, e Souza bem marcado, as investidas do Fluminense dependiam de Carlinhos e Mariano. O Botafogo, por sua vez, contava com o inspiradíssimo Renato Cajá, que logo no seu cartão de visitas inaugurou o marcador em bela cobrança de falta, fora do alcance de Cavalieri. Sem muita organização, as investidas do Tricolor baseavam-se em bolas alçadas para Fred e Rafael Moura.

Oportunistamente, o He-Man antecipou a marcação alvinegra em cobrança de escanteio e de cabeça decretou o empate no Olímpico João Havelange. Ainda assim, o Botafogo era mais arisco, e suas subidas com Márcio Azevedo e Cajá levavam perigo (este, aliás, acertou dois lindos petardos no travessão, com direito a um gol não observado pelo auxiliar de linha-de-fundo). Em uma delas, Herrera foi lançado em profundidade, simulou falta e cavou a expulsão de Valência. Após a polêmica, o panorama seguia inalterado - Botafogo com a posse de bola, e Fluminense no contra-golpe. Mesmo com um a menos, em nova bola alçada na área, o He-Man aproveitou desvio de Fred e fuzilou Jefferson. Era a virada Tricolor. Antes do fechar da conta, Marcelo Mattos foi expulso epós entrada em Conca.

Se o jogo estava quente no primeiro tempo, o fogaréu acendeu por completo no segundo. Logo no início, Rafael Moura fez pênalti em Loco Abreu. Tensão no Fluminense, aliviada com a defesa tranquila de Cavalieri após cavadinha manjada do uruguaio. Na sequência, novo penal assinalado a favor do Botafogo, em falta totalmente discutível de Edinho sobre Bruno. Novamente Abreu para a cobrança, novamente cavadinha, mas desta vez a bola morreu no fundo da rede. 2 a 2. Após muita reclamação, o jogo reiniciou e notou-se claramente o abatimento dos jogadores do Fluminense com o lance. O jogo ficou aberto, e num contra-ataque, Renato Cajá lançou primorosamente Herrera, que fuzilou. 3 a 2 Botafogo. A partir de então, o Fluminense cresceu na partida. Era a hora da estrela do time de General Severiano brilhar. Jefferson fechou o gol, com pelo menos 4 defesas de alta complexidade, e garantiu a invencibilidade alvinegra para a sequência da Taça Guanabara.



Para dirimir a polêmica entorno do jogo, Jorge Rabello (presidente da Comissão de Arbitragem da FERJ) concedeu coletiva criticando a postura do árbitro da partida, segundo ele "uma atuação muito abaixo da de um árbitro de Padrão Fifa". Ele não entrou no mérito interpretativo dos pênaltis assinalados, e afirmou categoricamente que o auxiliar de linha-de-fundo estava bem posicionado, e que a bola de Renato Cajá não entrou completamente.

Fim de papo, e a equipe da Estrela Solitária mostrou que vai em busca do Bi Estadual. Fluminense e Flamengo devem travar o confronto mais esperado do Cariocão neste ano já na próxima fase. E o Resende vem mostrando que no futebol não existe mais toda aquela diferença entre clubes de alto e baixo investimento. As semifinais prometem!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

De volta à ativa!

Meus caros... após um longo e conturbado período, volto a me dedicar à análise do futebol, palpites e afins. Muita coisa aconteceu de seis meses pra cá. No cenário internacional, o falecimento do inestimável mago dos resultados - o Polvo Paul. Além disso, o título mundial da Internazionale em dezembro vale destaque. Para o futebol nacional, creio que os resultados mais expressivos foram a excelente campanha da equipe do Goiás no vice-campeonato da Copa Sul-Americana, a derrocada inacreditável do Internacional perante o Todo Poderoso Mazembe na semifinal do Mundial de Clubes, e o título brasileiro do Fluminense após 26 anos de jejum.




Fora os títulos e campanhas, vale ressaltar a importância que o futebol argentino vem ganhando no cenário nacional. Carentes no setor de criatividade, os grandes clubes brasileiros tem salvaguardado a tradição do futebol canarinho em terras vizinhas. Jogadores como Conca, D'Alessandro e Montillo abriram um mercado que se mostra em expansão neste começo de ano, com contratações interessantes como Botinelli, Bolatti e Cavenaghi.


Outros fatores neste começo de temporada também chamam a atenção. A boa campanha do Ceará no Cearense após reforços como Fernando Henrique, a boa campanha do Santa Cruz no Pernambucano, a campanha ruim do Sport no mesmo e do Goiás no Goiano... mas dois fatores negativos tomaram conta do cenário nacional. O pior início de temporada da história do Vasco da Gama, com 1 ponto conquistado em 15 possíveis; e a pior campanha de um clube brasileiro na história da Libertadores da América, com a eliminação mais que precoce do Corinthians para o Deportes Tolima na fase pré-grupos.



O bom time que o Flamengo vem montando para a temporada, com a estréia de Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e Botinelli, merece atenção, assim como os reforços de Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG, Fluminense e São Paulo.

Este ano promete... E a rodada do fim-de-semana tá logo aí! Clássicos regionais à vista!