sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Champions League - Oitavas de Final

A fase mata-mata do maior torneio de Clubes do planeta começou. E não podia ser melhor. Jogos eletrizantes, placares inesperados, grandes ingredientes para os fãs do esporte.

Na terça, as atenções estavam voltadas para o San Siro. Em Milão, o líder do Italiano Milan recebera os jogadores-sensação do Tottenham. Jogo duro, mas bem jogado. Os rossoneri tinham o exemplo de seu arquirrival de como não se deve jogar contra os ingleses, e pareciam dispostos a tal. No entanto, bem armado, o Tottenham não deixava o Milan tomar conta do jogo, e sempre usava sua arma mais letal - a velocidade de contra-ataque, obrigando Abbiati a trabalhar. Em uma dividida, pior para o goleiro, que foi substituído por Amelia. Com Van der Vaart, Lennon e Modric em campo, mesmo sem Bale, o Tottenham anulava as subidas do Milan. A entrada de Pato no segundo tempo mudou completamente o panorama do jogo, e o Milan passou a comparecer ao ataque com perigo, tomando as ações do jogo. E Gomes mostrou o porquê da adoração da torcida do Hotspur por ele, com uma atuação de gala. Na pressão, O Milan desguarnecia sua zaga em busca do gol. E em mais um contra-ataque da equipe londrina, Lennon arrancou do campo de defesa e rolou na pequena área para Crouch definir o marcador da partida, aos 35. No fim da partida, mais confusão, e Gattuso suspenso para a partida de volta.




Na quarta, o jogo mais esperado desta fase - os Gunners recebiam o "melhor time do mundo". E não há quem não fique preocupado em enfrentar o Barcelona. O que se viu no primeiro tempo foi um completo baile de gala dos visitantes, com toques rápidos, curtos, de classe, com completo controle das ações de jogo, principalmente no setor do meio-campo. O Barcelona joga bonito, mas peca no enfeite. Abriu naturalmente o placar com David Villa no meado do primeiro tempo, e poderia facilmente ter liquidado a fatura, não fosse a falta de capricho de Messi. O argentino jogou demais, mas perdeu frente-a-frente com Scezny. Acuado, Arsène Wenger mexeu com os brios do time, que voltou igualando as ações no começo da segunda etapa. Nasri aparecia mais solto, e Van Persie caindo pelas laterais mudaram a postura de ataque dos donos da casa. Mas ainda não era o bastante. Agora no contra-ataque, o Barcelona assustava, e Messi mais uma vez perdeu, de forma incrível, na cara de Scezny, a chance de matar a partida. Sabendo que um revés desta magnitude seria fatal para as pretensões do Arsenal na Liga, Wenger alterou o esquema, mandando o time para o ataque, com a entrada do contestado Arshavin e Bendtner no lugar de Song e Walcott. Enquanto isso, Guardiola tirava Villa de campo para reforçar o meio com Keita. Com mais gente na frente e na base da velocidade, o Arsenal chegou ao empate em grande jogada de Van Persie. O Barcelona continuou atacando, e em contra-golpe puxado por Fábregas, Nasri rolou para Arshavin livre virar a partida cinco minutos após. O Emirates veio abaixo, o Barcelona sentiu o golpe, e o Arsenal ainda desperdiçou chance de ampliar. Nada que estrague a festa londrina. Será o início da redenção do russo com a torcida?



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Jogos que vi: Fluminense 2 x 3 Botafogo

O fim-de-semana foi repleto de clássicos. Fim de tabu no Arruda com vitória do Santa por 2 a 0 sobre o Sport, Vitória com acachapantes 3 x 0 sobre o Bahia, ressurreição alvinegra no 1 x 0 corinthiano sobre o Palmeiras, empate entre Avaí e Figueirense no Orlando Scarpelli... mas nenhum destes chamou tanto a atenção quanto o Super-Clássico Vovô disputado no Engenhão.

Nenhum dos 16.759 presentes há de reclamar do dinheiro investido no espetáculo. Sem rodeios, um jogão. De um lado Fred, Conca, Souza e a reestréia do He-Man Rafael Moura. Do outro, o (cada vez mais) sensacional Jefferson, Renato Cajá, Antônio Carlos e El Loco Abreu. E, infelizmente, com uma antiga atração à parte - a arbitragem. Noite completamente infeliz do Sr. Gutemberg de Paula Fonseca, que perdeu o controle da partida ainda no primeiro tempo, após expulsões completamente equivocadas de Valência (não existiu falta sobre Herrera) e de Marcelo Mattos (a falta sobre Conca era para cartão amarelo apenas) nos acrécimos da primeira etapa. Para completar a polêmica, duas penalidades marcadas em sequência em favor do alvinegro - a segunda enxergada única e exclusivamente pelo árbitro. Ao todo, 11 cartões amarelos, 2 vermelhos, e revolta das duas equipes. Fora isso, o que se viu foi um Botafogo muito mais empenhado em busca da vitória que a equipe tricolor. Com Fred apagado, Conca ainda em busca de ritmo, e Souza bem marcado, as investidas do Fluminense dependiam de Carlinhos e Mariano. O Botafogo, por sua vez, contava com o inspiradíssimo Renato Cajá, que logo no seu cartão de visitas inaugurou o marcador em bela cobrança de falta, fora do alcance de Cavalieri. Sem muita organização, as investidas do Tricolor baseavam-se em bolas alçadas para Fred e Rafael Moura.

Oportunistamente, o He-Man antecipou a marcação alvinegra em cobrança de escanteio e de cabeça decretou o empate no Olímpico João Havelange. Ainda assim, o Botafogo era mais arisco, e suas subidas com Márcio Azevedo e Cajá levavam perigo (este, aliás, acertou dois lindos petardos no travessão, com direito a um gol não observado pelo auxiliar de linha-de-fundo). Em uma delas, Herrera foi lançado em profundidade, simulou falta e cavou a expulsão de Valência. Após a polêmica, o panorama seguia inalterado - Botafogo com a posse de bola, e Fluminense no contra-golpe. Mesmo com um a menos, em nova bola alçada na área, o He-Man aproveitou desvio de Fred e fuzilou Jefferson. Era a virada Tricolor. Antes do fechar da conta, Marcelo Mattos foi expulso epós entrada em Conca.

Se o jogo estava quente no primeiro tempo, o fogaréu acendeu por completo no segundo. Logo no início, Rafael Moura fez pênalti em Loco Abreu. Tensão no Fluminense, aliviada com a defesa tranquila de Cavalieri após cavadinha manjada do uruguaio. Na sequência, novo penal assinalado a favor do Botafogo, em falta totalmente discutível de Edinho sobre Bruno. Novamente Abreu para a cobrança, novamente cavadinha, mas desta vez a bola morreu no fundo da rede. 2 a 2. Após muita reclamação, o jogo reiniciou e notou-se claramente o abatimento dos jogadores do Fluminense com o lance. O jogo ficou aberto, e num contra-ataque, Renato Cajá lançou primorosamente Herrera, que fuzilou. 3 a 2 Botafogo. A partir de então, o Fluminense cresceu na partida. Era a hora da estrela do time de General Severiano brilhar. Jefferson fechou o gol, com pelo menos 4 defesas de alta complexidade, e garantiu a invencibilidade alvinegra para a sequência da Taça Guanabara.



Para dirimir a polêmica entorno do jogo, Jorge Rabello (presidente da Comissão de Arbitragem da FERJ) concedeu coletiva criticando a postura do árbitro da partida, segundo ele "uma atuação muito abaixo da de um árbitro de Padrão Fifa". Ele não entrou no mérito interpretativo dos pênaltis assinalados, e afirmou categoricamente que o auxiliar de linha-de-fundo estava bem posicionado, e que a bola de Renato Cajá não entrou completamente.

Fim de papo, e a equipe da Estrela Solitária mostrou que vai em busca do Bi Estadual. Fluminense e Flamengo devem travar o confronto mais esperado do Cariocão neste ano já na próxima fase. E o Resende vem mostrando que no futebol não existe mais toda aquela diferença entre clubes de alto e baixo investimento. As semifinais prometem!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

De volta à ativa!

Meus caros... após um longo e conturbado período, volto a me dedicar à análise do futebol, palpites e afins. Muita coisa aconteceu de seis meses pra cá. No cenário internacional, o falecimento do inestimável mago dos resultados - o Polvo Paul. Além disso, o título mundial da Internazionale em dezembro vale destaque. Para o futebol nacional, creio que os resultados mais expressivos foram a excelente campanha da equipe do Goiás no vice-campeonato da Copa Sul-Americana, a derrocada inacreditável do Internacional perante o Todo Poderoso Mazembe na semifinal do Mundial de Clubes, e o título brasileiro do Fluminense após 26 anos de jejum.




Fora os títulos e campanhas, vale ressaltar a importância que o futebol argentino vem ganhando no cenário nacional. Carentes no setor de criatividade, os grandes clubes brasileiros tem salvaguardado a tradição do futebol canarinho em terras vizinhas. Jogadores como Conca, D'Alessandro e Montillo abriram um mercado que se mostra em expansão neste começo de ano, com contratações interessantes como Botinelli, Bolatti e Cavenaghi.


Outros fatores neste começo de temporada também chamam a atenção. A boa campanha do Ceará no Cearense após reforços como Fernando Henrique, a boa campanha do Santa Cruz no Pernambucano, a campanha ruim do Sport no mesmo e do Goiás no Goiano... mas dois fatores negativos tomaram conta do cenário nacional. O pior início de temporada da história do Vasco da Gama, com 1 ponto conquistado em 15 possíveis; e a pior campanha de um clube brasileiro na história da Libertadores da América, com a eliminação mais que precoce do Corinthians para o Deportes Tolima na fase pré-grupos.



O bom time que o Flamengo vem montando para a temporada, com a estréia de Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves e Botinelli, merece atenção, assim como os reforços de Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG, Fluminense e São Paulo.

Este ano promete... E a rodada do fim-de-semana tá logo aí! Clássicos regionais à vista!